Bifaninhas no Pão


Eu sei que as tendências alimentares agora são outras. Mais saudável. Mais “raw food” e a puxar ao “vegan”. Mais leite de aveia e de amêndoa. Nada de lacticínios. Diminuir o consumo de carnes vermelhas. Quase só frango e ao vapor. Muitos “suplementos” e “super alimentos”. O glúten e os ovos quase como inimigos.

Há uma nova forma de olhar para os alimentos. E eu também gosto de experimentar, de conhecer coisas novas, de me informar sobre alimentos, tendências e correntes alimentares. Fala-se de alimentação saudável e automaticamente se inclui a quinoa e se pede para evitar os laticínios. Gosto de quinoa, mas sou incapaz de largar os laticínios, principalmente os iogurtes e o queijo.

No fundo sou um bocado à moda antiga. E as novas tendência alimentares, os novos movimentos, os superalimentos e a nova alimentação saudável, não são capazes de me afastar da comida que eu gosto, mais tradicional e convencional. Experimento coisas novas, descubro alguns favoritos, mas não me converto! 

Tento fazer um equilibrio entre a alimentação equilibrada e saudável que sempre me foi apresentada, com as outras coisas que não fazem tão bem, mas que sabem às mil maravilhas. (Uns enchidos de vez em quando. Um queijo do bom. Uma francesinha, uma pizza, umas batatas fritas, uma picanha, uma belo de um cozido à portuguesa, um arroz de polvo ainda malandrinho…  Tudo com moderação e sem grandes fundamentalismos.)

Portanto hoje, para contrariar as tendências mais saudáveis, umas bifaninhas como fazemos – ocasionalmente – cá em casa.


Ingredientes para 2 pessoas:


4 bifinhos de lombo de porco

1 dente de alho

50 ml de vinho branco ou cerveja

sal e pimenta q.b.

1 folha de louro

1 colher de chá de massa de pimentão

1 colher de sobremesa de molho inglês

1 colher de sopa de azeite

1 colher de sopa de manteiga

2 baguetes pequenas

mostarda para servir


Preparação:


Tempere a carne com sal e pimenta, o dente de alho picado, o vinho branco, a massa de pimentão e a folha de louro partida ao meio. Deixe marinhar algum tempo.

Leve depois uma frigideira ao lume com o azeite e a manteiga e deixe aquecer. Escorra a carne da marinada e leve-a a fritar de ambos os lados. Acrescente depois o molho inglês e a marinada e deixe cozinhar uns minutos até a marinhada reduzir um pouco e o álcool do vinho ter evaporado.

Retire a carne para um prato e reserve.

Abra o pão ao meio e coloque-o, do lado do miolo, na frigideira para embeber um pouco do molho.

Coloque depois a carne dentro do pão e sirva de imediato com um pouco de mostarda.


Bom Apetite!

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10 respostas

  1. Hum…que bom aspecto! Costumo fazer quase da mesma maneira, mas uso banha e azeite, e não uso o molho inglês. Há lugar para tudo, com "peso, conta e medida". Tudo o que é saudável, se for consumido em excesso, também faz mal. A moda dos sumos "verdes"/"detox" já acalmou um pouco, o "raw" (especialmente os bolos/barras/"cheesecakes" deixa-me algumas reticências (a quantidade de frutos secos e desidratados usados nas receitas é descomunal), os ovos aparentemente já não são os "vilões", os "suplementos"/"superalimentos" até podem ter algumas coisas boas mas não resolvem os problemas da "nossa alimentação" em geral (muitas vezes, quase que parece uma técnica de marketing, vendendo a ilusão de que são produtos milagrosos para os problemas da má alimentação). Tirando o caso das intolerâncias alimentares em que tenha que haver restrição total ou parcial de algum alimento, por motivos de saúde (e não como moda, hoje em dia), acho que devemos comer de tudo um pouco. Às vezes, o problema não está no alimento em si, mas no modo de preparação/confecção e nas quantidades consumidas, ou as combinações que são feitas (tipo arroz e batata frita no mesmo prato). Um grande beijinho, Sara Oliveira

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  2. Joana,

    este é só mais um dos motivos por que sou sua fã!
    Cozinhar para alimentar o corpo e a alma, sem exageros, sem tendências, com equilíbrio. Há lugar para tudo, desde que com parcimónia, e as receitas da Joana mostram-no bem.
    Quanto às bifanas, cá em casa também fazemos de quando em vez, mas não colocamos o molho inglês e usamos cerveja.
    Raquel

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  3. Joana, tb ñ sou fundamentalista, mas o facto é q me sinto mt melhor (em termos de saúde) desde q deixei de comer carne vermelha e praticamente nada de lacticínios… Adorava (adoro) queijo, mas deixei de comer por uma questão de saúde. No início tb achava q seria incapaz, tal era o consumo q fazia quase diário (e escolhia sempre dos 'magros'), mas é facto q já ñ como há mais de 6 meses e aqui estou 🙂 Acho q as escolhas alimentares tb são uma garnde parte 'psicológico'. Por isso, tal como qq coisa na vida, é uma questão de nos mentalizarmos 🙂 Porém, ñ sou (e acho q nunca serei, pq adoro peixe e marisco) vegetariana nem mt menos vegan 🙂 Ficaram com mt bom aspect essas bifanas 🙂 Bjinhos!

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  6. Não podia estar mais de acordo. Ser saudável não é mais do que comer de tudo um pouco, sempre com conta, peso e medida. Obrigada pelas boas inspirações que sempre nos traz. Sónia

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  9. Eu adoro bifanas e carne de porco, vaca, fritos, … desde que tenhamos em conta as quantidades e a forma como cozinhamos, no meu ver podemos comer de tudo. Também gosto de experimentar novos alimentos mas confesso que muitos deles não me convencem. No entanto, também vários alimentos antigos não me convenceram por isso, no meu entender, há que conseguir encontrar um equilíbrio entre o que gostamos (não entrar em modas alimentares) e tornar tudo o mais saudável possível para vivermos muitos anos com saúde.

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