Pato Corado com Arroz no Forno

Nada é igual. Nada fica para sempre com a mesma forma e se faz na mesma medida. Tudo evolui. O mundo evolui e nós evoluímos com ele. Em todos os aspetos.

Eu não sou a mesma pessoas que era há 10 anos. E não sou agora a mesma pessoa que serei  daqui a 10 anos.

Porque tudo o que vivemos nos transforma, todas as experiências nos fazem repensar e reprogramar a nossa vida e a nossa atitude perante outras coisas, outras pessoas, outra maneira de encarar a vida.

Decidi que os 40 anos iam ser uma idade de mudar. Não decidi de um dia para o outro. Fui decidindo assim que os 40 se começaram a aproximar.

Decidi muitas coisas e entre elas que me ia “preocupar” menos com o que não interessa. Que não ia perder tempo em discussões desnecessárias, que ia deixar de “deitar achas na fogueira”, que ia ignorar palavras, atitudes e pessoas menos agradáveis. Que não ia fazer ou partilhar “desabafos” publicos ou opiniões desnecessárias. Que ia deixar a vida correr e acreditar que o retorno que tiver de ser meu cá vai chegar. Deixar de dar tanta importância  a algumas opiniões ou atitudes. Que ia querer menos coisas e mais gestos e atitudes. Que queria ver mais além, pensar mais além e esvaziar a minha vida de tudo aquilo  que não me dá felicidade. Sejam objetos, atitudes ou até momentos.

Passar a dar importância ao que eu acho importante. Mesmo que aquilo que eu acho importante não seja aquilo que outros achem importantes. Mesmo que o mundo que me rodeia, não seja igual ao mundo que rodeia as outras pessoas.

Acredito na escolha de  fazemos o nosso próprio mundo, a nossa bolha. E por lá podemos viver, tantas vezes, num mundo à parte. Decidi que quero ser apenas eu.


Próximos Workshops:


“Receitas para a Páscoa”


OVAR – Furadouro – 7 de Abril : Colher de Chá, 10h – inscrições em geral@colherdecha.pt


Ingredientes para 4 pessoas:


1/2 pato

1 linguiça ou 1/2 chouriço

1 cenoura

1 cebola pequena

1 folha de louro

sal e pimenta q.b.

1 medida de arroz

2 medidas de água de cozedura do pato

1 raminho de salsa


Preparação:


Coloque a metade de um pato num tacho e cubra com água. Tempere de sal, alguns grãos de pimenta e acrescente 1/2 cebola, a salsa, a cenoura inteira descascada, e a linguiça ou chouriço. Deixe cozinhar até que o pato esteja macio.

Retire o pato e coe o caldo. Corte o pato em pedaços não muito grandes, e reserve o caldo.

Corte a linguiça em rodelas e esmague a cenoura. Reserve.

Leve um tacho ao lume com um pouco de azeite e acrescente o louro, e a restante cebola previamente picada. Deixe refogar um pouco e acrescente o arroz envolvendo bem.

Junte depois duas medidas do caldo da cozedura do pato, previamente reservado e acrescente a linguiça em rodelas e a cenoira esmagada. Tape o tacho e deixe cozer em lume brando até que o arroz esteja cozido.

Coloque depois o arroz numa assadeira ou pirex (descarte o louro) e por cima disponha os pedaços de pato cortados, com a pele virada para cima, para tostar.

Leve ao forno previamente aquecido a 200ºC até que o pato fique tostado.

Sirva com uma salada verde.


Bom Apetite!

4 respostas

  1. Nem mais!
    Revejo-me um pouco nessas palavras. Há alturas em que chegamos a um ponto em que começamos a dar prioridade a aquilo que é importante para nós, independentemente da opinião / "achismos" dos outros ou a "realidade cor de rosa"/"politicamente correta" imposta pelos media / redes sociais.
    Somos todos diferentes, cada um com a sua realidade, e com a qual temos que trilhar o nosso caminho, seja a "direito" seja com algumas "pedras" no percurso (faz parte da vida e do nosso crescimento enquanto pessoa).
    Quanto a este pato, é mais uma receita para experimentar, e ir alargando as receitas com ele. Apesar de apreciado, é algo que não aparece com frequência.

    Um grande beijinho,
    Sara Oliveira

  2. Joana, a tua introdução reflecte inteiramente o q sinto e tenho tentado implementar na minha vida… Será q é por termos ambas 40? 🙂 Quem sabe, mas é bom pensar q qd me sinto uma 'alien' não sou a única a pensar de forma diferente e 'fora da caixa' 🙂 Bjinhos e obrigada pela receita 😉

  3. Maravilhoso. Felizmente, não foi preciso atingir os 40 (e nem os 30) para chegar a esse lugar. Há coisas que chegam mais cedo à conta de alguma profunda dor de crescimento… Valeu a pena passar por aqui hoje❤ E a receita tão tradicional nesta altura é inspiradora também 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *