Bolo Encharcado de Côco

Um bolo com uma história. Este natal a minha mãe decidiu finalmente não trocar prendas com a comadre F. Uma decisão que ambas falavam há anos, mas que só então decidiram pôr em prática. Apesar de não haver prendas, houve mimos. A minha mãe preparou um pequeno cabaz com compota, azeite aromatizado para massas, marmelada e chocolatinhos caseiros (Com quem terá aprendido? Ou terá sido o contrário!?) Um cabaz bonito e delicioso fechado com papel celofane e uma fita natalícia. Na véspera de natal, pouco antes do jantar, chegou o agradecimento, também em forma de mimo. Este bolo, ou melhor, um bolo igual a este, numa travessa natalícia e com um pequeno bilhete de Boas Festas, onde se podia ler em post scriptum “Para além do bolo, o prato também faz parte deste natal”.

Na nossa mesa, para além de outras iguarias lá estava o bolo que foi também foi prenda de natal. Por todos foi apreciado e elogiado, a receita partilhada. Pela F. à minha mãe. Da minha mãe para mim. E agora com todos vocês.

Bom fim de semana!

Ingredientes:

3 ovos

o peso dos ovos em açúcar

o peso dos ovos em farinha com fermento

2 colheres de sopa de leite

2 colheres de sopa de côco ralado

125g de manteiga

300 ml de leite

côco para polvilhar

Preparação:

Bata a manteiga com o açúcar até ficar bem cremosa. Adicione depois as gemas e o leite e misture bem.

Bata as claras em castelo e misture a farinha com o côco. Alternadamente junte as claras e a farinha com o cõco  à mistura das gemas.

Unte uma forma rectangular de bolo inglês com manteiga e polvilhe com farinha. Coloque a mistura na forma e leve a cozer em forno médio (180ºC) durante cerca de 40 minutos ou até o bolo estar cozido.

Deixe depois o bolo arrefecer dentro da forma e pique-o todo muito bem com um pequeno espeto.

Aqueça bem os 300 ml de leite e verta-o sobre o bolo de modo a que este embeba todo o leite. Ao início poderá parece-lhe que o bolo não tem capacidade para embeber todo o leite, mas é mesmo assim. Deixe arrefecer novamente e desenforme cuidadosamente o bolo colocandoo no prato de servir.

Polvilhe então com côco ralado a gosto.

Bom Apetite!

36 respostas

  1. Penso que o importante é a troca de afeto, carinhos envolvendo a troca de presentes.
    Mas o bolo encarcado de coco, tem uma apresentação que convida a se repetir, parece delicioso.
    Beijo,
    Vânia

  2. Este bolo faz parte da minha infancia. Penso que a receita é da Teleculinária daquelas bem antiguinhas e e era muitas vezes feito lá em casa. Só não me lembrava de levar manteiga porque eu, pequenita, lembro-me de ajudar a minha mãe a pesar os ovos para pesar depois a farinha e o açucar! Este bolo, não sei se já experimentou, fica ainda melhor no dia seguinte!
    Daniela

  3. Eu tenho esta receita! Este bolo tem o mesmo aspeto de um que em tempos ofereci à minha sogra… É mesmo bom! Tenho que voltar a fazer…A fotografia da Joana chama por mim…Está mesmo apetitosa!

  4. Fez-me lembrar um bolo de coco humido que a minha tia fazia na minha infância, também regadinho com leite e que era uma delicia…. Foi bom recordar esse tempo, vou anotar a receita para fazer um dia destes. Beijokas

  5. eu acho que essas prendas são as melhores, são feitas com carinho e alegram a quadra.
    a receita é realmente muito fácil, vou levá-la comigo.

  6. Esta receita é mesmo daquelas antigas 🙂
    Tal como outras pessoas comentaram também me lembro da minha avó fazer este bolo, e de o mesmo ser uma delicia.
    Claro que a receita já veio para às mãos da neta, que volta e meia lá faz esta brilhante e deliciosa receita.
    Recomendo a 100%

  7. também eu este ano tive de volta dos meu cabazes para oferecer à familia e amigos e não me importava nada de ter recebido uma prenda dessas em troca, deve ser delicioso!

  8. Este bolo é presença obrigatória em todos os aniversários da minha casa.
    A receita vem numa teleculinária muito antiga e que guardo com muito carinho junto de outras da mesma época.
    É delicioso e é verdade que fica ainda melhor no dia seguinte.
    Além disso, pode ser aumentado, sem erro, desde que se usem mais ovos.

  9. Quando se dá a travessa ou o prato onde vai o bolo, ou a cesta e os frascos onde vai o cabaz, acaba por se gastar dinheiro e fazendo as contas é tanto quanto uma prenda considerável. Portanto isso do "nao dar prenda" para poupar nao é bem assim.

  10. Ai, agora fiquei indecisa entre fazer este ou o de laranja q publicaste na ementa semanal… 😀 Farei os 2, mas não na mesma altura, hehe! Bjinhos.

  11. Caro anónimo:

    Não sei onde que leu (aqui neste post) que não se trocavam prendas para poupar. A questão não era essa, mas sim deixar de ter a obrigação de comprar uma prenda no natal, de evitar o consumismo, de dar o que não se necessita. Foi por isso que trocaram mimos, cabazes e bolos.
    Na verdade os cabazes foram preparados com coisas reutilizadas, entre frascos, garrafas e caixas usadas. E o prato, provavelmente foi comprado, mas agora, de cada vez que se usar terá uma história para comprar.
    Sabe caro anónimo, o mal desta "moda" dos cabazes de natal, é não se perceber que os cabazes não são preparados para "poupar" ou para gastar menos em prendas de natal. A principal razão de os preparar é poder dar uma prenda feita por nós, com amor, carinho e amizade. Oferecer algo único e diferente. Oferecer um pouco de nós.
    Espero que tenha ficado esclarecido.
    Joana

  12. Olá Joana… Gostei já fiz este bolo e gostei muito… obrigada pela receita… meti o link desta receita no meu facebook… Bjs

  13. "os cabazes não são preparados para "poupar" ou para gastar menos em prendas de natal. A principal razão de os preparar é poder dar uma prenda feita por nós, com amor, carinho e amizade. Oferecer algo único e diferente. Oferecer um pouco de nós."

    PERFEITO, Joana! Nem mais! A minha filha de 7 anos quis oferecer um presente de Natal a uma pessoa especial para ela, sem que esse desejo tivesse a mínima influência da minha parte. Eu consenti, mas disse que tínhamos que ser nós as duas a fazê-lo. E assim "nasceu" o nosso "1º cabaz" (que na realidade era uma tampa de caixa de sapatos forrada com papel de embrulho usado). Quando o oferecemos, a pessoa que o recebeu teve uma reação que me deixou com vontade de repetir a experiência muitas e muitas vezes… E depois enviou-me uma mensagem onde, entre outras coisas que não me canso de ler, escreveu "Achei a sua oferta muito especial, marcou pela diferença".
    Ela sim, percebeu a essência!! E eu nunca conseguirei descrever como isso me deixou feliz!…

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