Compota de Tomate-Ananás

Conheci esta variedade de tomate, nas idas ao mercadinho biológico do Botânico, logo quando comecei a ir. Trouxe a primeira vez por curiosidade juntamente com o tomate coração e outros tomatinhos variados pequenos, e sei que fiz uma deliciosa salada muito variada de tomate para um churrasco cá me casa e que fez as delícias de todos. Passei a trazer sempre que havia e fiquei a gostar muito deste tomate menos aguado e menos ácido que o tomate coração.

Segundo me explicou a D. Rosa – a quem compro todas as semanas o meu cabaz de produtos –  esta variedade é bastante antiga, mais doce e carnuda que o tomate a que estamos habituados e tem uma cor amarela alaranjado e não vermelho. 

Como gosto de fazer compotas, fiquei curiosa quando a D. Rosa me disse que este tomate fazia uma compota delicioso – e eu adoro compota de tomate – e ficou de me arranjar tomate ananás bem maduro para eu experimentar fazer um pouco de compota. E assim foi.

Sabe a compota de tomate, tem uma cor mais clara, e o sabor é menos ácido. É também mais fácil de preparar, porque como é uma variedade com menos água, não é necessário deixar escorrer o tomate antes de o levar ao lume, e também evapora o líquido mais depressa.

Ficou uma linda e saborosa compota!

Mesmo sem tomate ananás podem na mesma fazer uma deliciosa compota de tomate – com a receita de sempre da minha avó Cila, que podem encontrar aqui: http://paracozinhar.blogspot.pt/2006/08/doce-de-tomate.html


Ingredientes para 8 frasquinhos:


1,4 kg de tomate ananás previamente escaldado para retirar a pele e cortado em fatias

1kg de açúcar

1 pau de canela


Preparação:


Depois do tomate sem pele e cortado em fatias, coloque-o num tacho largo e junte o açúcar e o pau de canela misturando tudo.

Leve ao lume até que o doce comece a ferver. Assim que levantar fervura, reduza o lume para o mínimo e deixe cozinhar lentamente (cerca de 1h30, 2 horas) até o doce estar no ponto. Isto significa que, colocando um pouco da doce num pires e passando com a ponta de uma colher ou do dedo, esta abre uma “estrada” que não se une de imediato. (Atenção para não deixar a compota passar do ponto e ficar rija e caramelizar.)

Coloque depois a compota ainda quente, em frascos de vidro previamente esterilizados (e de preferência também quentes) e tape de imediato. Vire-os depois de cabeça para baixo e deixe ficar assim cerca de 30 minutos para que criem um vácuo natural.

Etiquete a gosto e guarde-os depois num local fresco e seco até utilizar.

Utilize em torradas, panquecas ou até como cobertura e recheio de bolos e cheesecakes.


Bom Apetite!

Uma resposta

  1. Aqui está um tomate com uma cor fora do normal!
    Há diversas variedades de tomate, embora a maioria delas não se encontra no comércio tradicional, nomeadamente praças e supermercados (ma praça, os comuns são os chucha e de salada, e agora os coração de boi; nos supermercados, há variedade nos tomates cherry e chucha (pequenos). Vejo mais variedades no mercado biológico (quando costumo passar por lá) do que nos supermercados bio.
    Tenho uma relação de amor/ódio com o doce de tomate (e o de abóbora), pois apesar de adorar tomate e abóbora, não aprecio-os muito em doce. Talvez porque a minha mãe usava muito açúcar e canela nos doces, ficando demasiado enjoativo. Estou a voltar a reconciliar-me com os doces de tomate e abóbora (simples ou combinado com outras frutas, aromas), mas reduzindo no açúcar (uso açúcar para compotas da Sidul ou Aldi, ou junto pectina ao açúcar). Desta forma, resulta num doce mais "leve" e menos enjoativo.

    Um grande beijinho,
    Sara Oliveira

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