Ossos Cozidos

Tudo começou com o belíssimo lombo de porco recheado com cogumelos, castanhas e bacon,  que preparei para o meu aniversário, mas do qual não houve prova fotográfica para aqui partilhar. Desse lombo, desossado no talho, a partir de um vão de costeletas do lombo, sobraram os ossos, que também trouxe, pensando desde logo em usa-los para um caldo caseiro. Mas eis que o senhor do talho se lembra logo que “estes ossinhos são perfeitos para fazer uns ossos cozidos…” E assim vieram para casa com o intuito de preparar os ossos cozidos, que o restaurante “Zé Manel” (dos ossos!), aqui em Coimbra, tanta fama lhes deu.

Mas logo depois do meu aniversário veio o natal, depois a passagem de ano, depois aqueles dias em que nem podemos ouvir falar em comida…

E eu quase que me esquecia deles, num saquinho no congelador até que, ao tirar qualquer coisa para o jantar, voltei a pousar os meus olhos no dito saco. E assim saíram uns ossos cozidos – que por sinal ficaram muito bons – para o nosso jantar petisqueiro de domingo.

Ingredientes:

1kg de ossos da suã (ossos de espinhaço de porco)

1 raminho de tomilho

1 raminho de salsa

1 colher de chá de pimenta preta em grão

sal q.b.

1 cebola

2 folhas de louro

4 dentes de alho

Preparação:

Tempere abundantemente os ossos com sal e deixe ficar assim de um dia para o outro ou um mínimo de 6 horas.

Retire depois o excesso de sal dos ossos e coloque-os numa panela. Cubra de água e junte a cebola, os dentes de alho descascados, as folhas de louro, o tomilho, a salsa, a pimenta e tempere com um pouco de sal.

Leve a cozer cerca de duas horas, até a carne estar macia e se conseguir separar sem dificuldades dos ossos.

Escorra os ossos do caldo e sirva-os como um petisco! (Aproveite o caldo para arroz de carne ou um delicioso risotto, não se esquecendo que o pode congelar.)

Bom Apetite!

20 respostas

  1. Nada se perde, tudo se transforma. Mais uma bela ideia…Relativamente, ao "canelonis" de courgete, o modo de preparação é diferente daqueles que estava a pensar, e que mencionei, mas é muito mais simples e rápida. Agora, com tantas receitas e ideias, não há desculpas para não comer legumes. Sara Oliveira

    1. Sara,

      É isso mesmo! Há ideias e soluções tão originais, praticas, económicas e simples que, quer seja comer vegetais e legumes, quer seja aproveitar e não despedaçar nada, se consegue sempre fazer coisas deliciosas.
      Grande beijinho.
      Joana

  2. Olá, Fiquei com vontade de experimentar tudo!
    Mas nunca sei a que talho ir em Coimbra… recomenda algum onde a carne e o serviço sejam bons? Queria um que fizesse também hamburgueres a nosso pedido porque em casa nunca me saem bem.. :/

    1. Ana Filipa.
      Obrigada.
      Eu sou um bocadinho suspeita, mas só compro carne e peixe no Supercor. A qualidade é realmente muito boa, fazem os hamburgues com a carne que nós pedimos para picar e além disso fsão sempre muito prestáveis em aceder aos nossos pedidos, de acordo com o que necessitamos.
      Um beijinho,
      Joana

    2. Joana obrigado pela receita! Recomendo o meu talho onde ainda hoje comprei ossos com muito aspecto! Fica na Solum, por trás da Pastelaria Tamoeiro e ao lado do café Venha Academia (o Piolho). Pode encomendar ossos frescos antecedência, ou ver os que o dono tem em congelação. Todas as carnes têm boa qualidade, e preço relativamente acessível. João Keating

  3. Olá Joana,

    Confesso que talvez nunca venha a experimentar esta receita…mas a sua referência ao lombo de porco recheado deixou-me muitíssimo curiosa! Não quer partilhar connosco?!
    Um bom fim de semana,

    Raquel

    1. Raquel,

      O lombo de porco estava realmente delicioso, mas como não tirei foto naquele dia, não cheguei a partilhar a receita. Mas hei-de voltar a fazer em breve, para fotografar e partilhar. Fez realmente sucesso!

      Um beijinho,
      Joana

  4. O Zé Manel (dos ossos) começou por ser um local onde o pessoal da faculdade ía comer, quando havia pouco dinheiro 🙂
    Ainda bem que se tornou um sítio de referência em Coimbra.

    1. Tekas,

      Acho que há já muitos anos que o Zé Manel dos ossos é um sítio de referência em Coimbra, ainda que sempre mais ligado à chamada tradição coimbrã.
      Um beijinho,
      Joana

  5. Adiciono também uma batata e uma cenoura. No final, costumo juntar feijão branco já cozido. Algumas vezes faço o arroz; outras, basta-me o feijão. Fica um prato a quem a minha mãe chamava de "sustância". E tinha razão, não era preciso mais nada para obter uma refeição à maneira!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *