Calendário de Advento 2018: Um calendário de memórias e gratidão

O tempo passa a correr e quase sem darmos conta, quando andamos ocupados. E assim, de repente e sem quase me aperceber falta menos de um mês para o Natal.

Tenho já muitas coisas preparadas e orientadas, falta-me apenas comprar 1 prenda de natal e ontem coloquei o calendário de advento na parede.

E como dia 1 de Dezembro é já no sábado, e sei que muitos leitores ainda estão sem ideias, hoje é dia de partilhar o nosso calendário de advento. (Prometo que amanhã há post sobre os preparativos para o Natal).


Nos últimos dois ou três anos, os calendários de advento cá de casa têm tido imensas “tarefas”, experiências e propostas para fazermos em família. E, confesso, que no ano passado foi muito difícil de as conseguirmos colocar todas em prática, e facilitei um bocadinho. Os miúdos ainda são pequenos, os dias da semana são sempre muito cansativos, mesmo para as mais simples das tarefas, e como eu acabo por ter sempre os fins de semana desta altura do ano muito preenchidos com workshops, houve algumas coisas que não saíram bem como queríamos.

Decidi que este ano não ia encher o calendário de actividades, mesmo que muito simples e divertidas, e ia fazer uma coisa mais básicas, e que mantivesse na mesma o espírito de caminhada e de partilha até ao Natal.

Ao decorar a casa para o natal (que desta vez fizemos a 17 de Novembro, mais uma vez por motivos da minha logística de fins de semana com workshops!) descobri arrumadinho o primeiro calendário de advento que fizemos, ainda antes do Zé Maria ter nascido. Foi um calendário DIY onde eu e o Miguel escrevemos pequenas notas acerca de cada um dos dias de Dezembro.

De imediato percebi como iria fazer as “actividades” do calendário deste ano: Iria ser um calendário de memórias e gratidão.

Como é que vai funcionar? Os miúdos é que vão “mandar”.

A partir de dia 1 de Dezembro, eles é que vão sugerir o que vamos “recordar” ou “agradecer”. Pode ser uma frase que escrevemos a dizer que “fomos a casa da avó e ela fez panquecas para o lanche – a avó foi muito nossa amiga” , ou simplesmente uma folha de arvore caída uma flor, ou uma pedrinhas apanhada no caminho para casa. Pode ser uma foto de algo que fizemos: uma foto a ver o presépio dos bombeiros, ou a receita de bolachas que fizemos naquele dia. Pode ainda ser um desenho, ou o nome do livro que compramos, ou a contar como fomos jantar fora com os primos… Qualquer coisa que eles valorizem daquele dia, independentemente de termos feito uma actividade específica de natal.

No fundo é orientar para as coisas que aconteceram em cada um dos dias do mês de dezembro, sem a necessidade de planearmos actividades diferentes todos os dias, porque todos sabemos como pode ser difícil. Claro que podemos fazer coisas diferentes. cá em casa adoram fazer um piquenique ao pé da arvore de natal todos os anos, e vamos poder fazê-lo, mas sem ser uma actividade definida pelo calendário, mas apenas porque calhou. E poder também levá-los a valorizar pequenas coisas de todos os dias, como os lanches que a avó lhes prepara, os livros de histórias que costumamos comprar, os desenhos que fazemos habitualmente, ou a companhia dos amigos e primos em almoços e jantares de fim de semana.

Nada disto invalida que existam algumas actividades definidas: ir ao cinema com eles, ir ver o presépio dos Bombeiros ou a Penela, as bolachinhas que fazemos sempre juntos ou o piquenique debaixo da arvore de natal. Mas vai ser giro ver até que ponto é que isso vai ser o que eles vão “memorizar” e elogiar/agradecer daquele dia.

Portanto a ideia é simples mas exige, como qualquer actividade do género, ser partilhada com eles.


Quanto ao calendário propriamente dito, este ano acabei por investir menos em fazer eu mesma o calendário, quando descobri este (o da foto) super amoroso e barato na Tiger. São pequenos saquinhos de papel – perfeito para as “memórias”, sejam elas frases, fotos, folhas, desenhos, …. – com um autocolante numerado e fio, que colei individualmente com fita adesiva colorida (washi tape) na parede da cozinha, num local visivel e onde eles possam olhar para o calendário todos os dias.

Envelopes de papel furados na ponta com um furador de papel, fita colorida e marcadores para numerar os envelopes podem fazer uma versão caseira e simplificada deste calendário.


E por aí? Gostam da ideia? O que vão fazer este ano?


(Se querem uma lista de actividades não para o calendário, mas apenas para se guiarem em algumas actividades ocasionais diferentes, vejam aqui: https://joanacostaroque.pt/2016/11/calendario-de-advento-com-actividades.html)

8 respostas

  1. Olá Joana,

    Obrigada por esta partilha!

    Acho o calendário do advento uma ideia excelente para fazer isso mesmo que sugeres: agradecer! Mais do que presentes, ou até mesmo mais atividades em dias que já são, de si, tão preenchidos, essa ideia parece-me muito boa!

    Ensinar as crianças a agradecer as pequenas dádivas do dia-a-dia! E lembrar, a nós, adultos, de agradecermos também.

    É uma forma de evoluirmos, refletir sobre cada dia, para nos apercebermos de quão abençoados somos. E nunca desistir. Por nada nem por ninguém.

    Grata por este post!

    Beijinhos
    Margarida
    https://minhacasadopatio.blogspot.com/

  2. Aqui não se faz nada, pq somos só adultos, mas já partilhei a ideia c os pais do meu afilhado 🙂 Acho mt interessante e nos dias q correm esquecemo-nos mts xs de nos sentirmos gratos pelas coisas q nos acontecem diariamente… E partilhar esses ideais c as crianças acho louvável e urgente! Bela ideia, Joana! Os valores de gratidão são mt importantes e mais q ñ seja, estarmos mais conscientes disso nesta época do ano. Bjinhos e fico à espera do próx post 😉

  3. Gostei tanto da sugestão que vou copiar 🙂
    Ainda não temos filhos, mas começámos a morar juntos o ano passado. Fiz o meu primeiro calendário de advento para ele, um miminho meu todos os dias. Decidi que ia passar a ser tradição, mas este ano ele pediu para ser algo para os dois. Tenho um horário muito preenchido, com quatro trabalhos e mais algumas coisinhas pontuais, e ele também passa sempre 12h fora de casa e nem sempre tem folgas coincidentes com as minhas, planear atividades em conjunto seria um pequeno drama. Pensei escrever mensagens, orações, poemas, para lermos um por dia (acompanhado sempre de um mimo!) mas esta sugestão parece-me muito melhor, muito mais sentida. Beijinhos*

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