Esta semana ouvi pela primeira vez uma música de natal na rádio.
Esta semana fui a uma loja comprar coisas de natal para preprar os meus cabazes – e os workshops – e ouvi o meu querido Michael Bublé a cantar as minhas músicas de natal.
Mesmo que não queira, acho que estou a entrar no espírito, este ano, por força das circunstâncias, um pouco mais rápido que o habitual.
Cá a casa já chegou um presente para o Zé Maria, da madrinha, com a indicação que deve ser aberto dia 1 de Dezembro.
Na minha mesa da sala há bolas de natal, uns guizos maravilhosos para a árvore, o ornamento deste ano para o Zé Maria colocará na árvore e os saquinhos de celofane para os cabazes que já fui comprar ontem.
Na cozinha vou acomodando os frascos de compota, as marmeladas e geleias e os pickles de rabanetes.
Tenho uma caixa cheia de coisas de natal arrumada a um canto da cozinha e umas quantas folhas cheias de ideias e receitas e sugestões de coisas para os cabazes.
No meu quarto há já umas quantas coisas para serem embrulhadas a seu tempo e colocadas debaixo da árvore.
Eu sei que ainda falta. A arvore de natal e o presépio nunca são feitos antes de dia 1 de Dezembro, e é também nessa altura que o Michael Bublé começa a cantar aqui por casa, a ponto de levar o meu “Michael” quase à loucura de tanto o ouvir.
Mas até dia 1 de Dezembro, todos os presentes que há para comprar estarão comprados para depois, e só depois poder viver em pleno esta época que tanto gosto longe de shoppings apinhados, de compras de natal desprovidas de sentido e vontade e quase feitas por obrigação.
Depois de dia 1, quando a maioria começa a correr as lojas todos os fins de semana, cá em casa há toalha de natal na mesa, fita cola, açúcar, farinha e muitos mimos pensados e preparados com muito amor e carinho para oferecer aos meus amigos e familiares.
Tenho pena que haja quem não encare assim o Natal. Que torça a cara a presentes feitos em casa – os meus favoritos – e que ache que o Natal é o 24 e 25 de Dezembro, e quem nem vale a pena fazer árvore e presépio e isto é tudo um consumismo.
Respeito obviamente a opinião de todos. Mas o Natal é a época do ano que mais gosto e que sempre anseio como se ainda fosse criança. Não pelas presentes. Mas pelas pessoas, pelo cheiro, pelos doces, pela família, pela consoada, pelas músicas, pelo ar das pessoas verdadeiramente felizes, pela ânsia das crianças, pelo presépio e o cheiro a musgo, pelas luzes da árvore de natal, pela lareira acesa, pelo chocolate quente bebido na manhã de natal.
Já falta pouco para o Natal. Já falta pouco para o dia 1 de Dezembro.
Digam-me lá, partilham comigo este gosto pelo Natal? Ou são daqueles que não gostam desta época do ano? Porque?
20 respostas
Olá Joana!
Eu adoro o Natal! Este ano como estou mais organizada ainda vou desfrutar mais da época! Nada de me deitar às tantas na véspera de ir ter com a família a acabar os embrulhos ou mesmo os próprios presentes! Do que mais gosto é mesmo de estar com a família a conversar a rir e a jogar jogos malucos!
Beijinhos e obrigada pelas ideias que vais dando!
Olá Joana
Eu sou como tu, adoro os festejos de Natal, a alegria da reunião da família, o calor dessa alegria para aquecer os nossos corações. Também sempre gostei de acompanhar a época com músicas alusivas que fui coleccionando ao longo dos anos (não te esqueças que já sou avó). Infelizmente, desde que tive a surdez súbita, tornou-se muito difícil escutá-la porque é como se estivesse a ouvir sons sem nexo, desentoados e desagradáveis. Tirando isso, gosto da azáfama dos preparativos para a festa, dos presentes confeccionados por mim e das surpresas trazidas pelos meus amores (filhos, noras e netos).
Para mim o Natal é uma ocasião de partilha, de amizade e de amor incondicional. Só assim faz sentido, além de que, sendo católica, preservo os valores cristãos da Festa da Família.
Obrigada pelas tuas magníficas sugestões que me inspiram há muitos anos. Que tenhas também um Feliz Natal junto do teu "menino Jesus". Bjs. Bombom
Já somos várias e já não me sinto a ave rara!!!
As prendas estão já todas compradas e embrulhadas. A não ser os cabazes dos pais e sogros que hã-de ser mais para o fim do mês. Estou à espera do bacalhau descer de preço 😉
Já avisei os machos da casa para irem vendo as luzes e afins.
Dia 1 quero enfeitar a árvore e acender as luzes.
O presépio por aqui tem quase 100 anos, foi esculpido pelo meu bisavô, levai mais um tempo a fazer. Temos de ir buscar pedras, musgo, etc… mas antes de dia 8 fica pronto.
Como te percebo.
Fiz a minha arvore de natal no dia 03-11-2014. Muitos dizem que é demasiado cedo.
Eu não acho. Para mim o Natal tem tudo de bom e é a melhor época do ano.
Estou sempre um ano inteiro à espera que chegue esta altura. Pareçe que tudo ganha um novo brilho, uma nova vida.
As pessoas são mais solidárias, andam quase sempre bem dispostas. Tudo muda.
Para mim Natal é Natal e tenho a certeza que podem passar mais 60 anos que vou continuar a ter a mesma opinião e simplesmente adorar esta epóca.
Para mim, que não tenho Mãe e Avós, que não tenho a minha Família, o Natal é sobretudo feito de recordações. De saudades.
Saudades dos meus Avós que colocavam anjinhos de Natal em volta do meu prato na noite de Consoada, do peru da minha Avó, do sapatinho ao Menino Jesus, de enfeitar a casa no dia 8 de Dezembro – Dia da Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal e para mim sempre será o Dia da Mãe -, do Presépio da minha Mãe com as imagens antigas que a minha Avó comprou aos poucos para depois oferecê-lo à minha Mãe no seu primeiro Natal de casada, dos biscoitos de Natal que eu fazia para alegria de todos.
Estas são as recordações do Natal, mas há outro Natal que tenho no coração todos os dias…
A minha Mãe morreu de cancro em Setembro de 2012. Na sua luta pela vida a sua última batalha foi chegar ao Natal. Apesar de ter feito tudo para a salvar, tive consciência que muito dificilmente ela chegaria ao Natal.
Então no final da Primavera e durante todo o Verão, fiz as comidas de Natal que a minha Mãe mais gostava, os doces favoritos, tirei o Presépio, o Menino Jesus e fomos festejando o Natal. Eu dizia-lhe que assim o Menino vinha mais depressa e isso deu-lhe força e alegria para continuar a lutar.
Fui muito criticada, houve até quem achasse um absurdo, mas a minha Mãe ficou feliz e se eu tivesse esperado pelo Natal em Dezembro, ela não teria vivido essa última felicidade.
Foi um Natal com calor, com folhas verdes nas árvores, com dias longos de sol, mas um Natal com a minha Mãe.
Por isso, para mim o Natal é estarmos com as pessoas que mais amamos, seja em que época do ano for.
Beijinhos para todos,
Susana
Que bonito… que amor… que emoção
Concordo consigo, Susana. Os meus pais já faleceram à 14 anos, e para mim, são recordações: o meu pai a ir a Lisboa à Praça da Ribeira comprar o polvo, a minha mãe a fazer as filhoses, o pão de ló e a torta abafada (a minha mãe só fazia bolos no Natal e na Páscoa), a fruta em calda (quando era pequena, era um pequeno luxo e só tínhamos nas alturas festivas). Para mim, o Natal é mais do que um dia no calendário, é estarmos com aqueles que mais gostamos. Um grande beijinho para si, Sara Oliveira
Olá Joana!
Apesar de ateia convicta (não sou baptizada e não há crentes em casa dos meus pais), adoro o Natal.
Como dizia Ary dos Santos, "Natal é quando um homem quiser":
É Natal ao longo do ano quando compro algo que me faz lembrar alguém querido e penso "isto era uma boa prenda de Natal".
É Natal no início de Novembro quando faço a minha lista de ofertas, começo a preparar as minhas prendas caseiras e vou adquirindo pouco a pouco, sem stress, sem pressão e sem confusão de gente nas lojas, as poucas prendas a serem compradas.
É Natal no início de Dezembro quando compro um pinheiro verdadeiro, o enfeito e decoro a casa.
É Natal quando me delicio à mesa da sala a embrulhar e a decorar um "monte" de prendas (oferecer prendas é provavelmente uma das minhas actividades favoritas).
É Natal quando isso serve de pretexto para reunir amigos em jantares convívio.
É Natal quando a casa começa a cheirar a bolos, com as primeiras fornadas de bolachas e biscoitos a saírem do forno.
É Natal quando no dia 24 preparo a mesa de jantar para a tradicional ceia de consoada (que cá em casa continua a ser bacalhau cozido com batatas, couves e grão).
É Natal quando a "outra" mesa de jantar se enche de doces caseiros e não só.
É Natal quando antes de dormir colocamos os sapatos debaixo da árvore.
É Natal quando acordamos no dia 25 com uma árvore rodeada de embrulhos e passamos a manhã a desembrulhar presentes.
É Natal quando passamos o dia em família a fazer algo em conjunto.
É Natal quando a mesa continua decorada e recheada a rigor até aos Reis e o pinheiro se volta a despir.
Mas é sobretudo a lembrança dos que me são mais queridos, quer seja pela oferta de uma lembrança, por um encontro, por um telefonema, por um postal ou, nesta era tecnológica, pelo envio de um sms ou de um e-mail.
Este ano mudei de casa as coisas estão um bocadinho atrasadas. Vou pela primeira vez fazer a minha árvore de Natal e dar uso às muitas pequenas coisas natalícias que colecciono há anos, o que me deixa já em grande antecipação! Ideias não faltam mas ainda não pus mãos à obra nos mil e um projectos que me inundam a cabeça e que, à medida que venho aqui espreitar o blog e vou vendo a contagem decrescente, começo a recear não conseguir concretizar. Já adquiri os primeiros enfeites natalícios da época. A ver!
Bons preparativos para todos e obrigada pelos posts que nos vais dando.
Beijinhos
Inês
PS: Sei que a Joana já uma vez por aqui escreveu onde adquire os sacos de celofane em Coimbra, alguém sabe onde comprá-los em Lisboa? Obrigada!
Inês pode comprar na loja dos sacos em campo de Ourique. Tania
Obrigada pela dica Tania!
É a minha quadra favorita. Principalmente pelo carinho e conforto de ser preparada e partilhada com os que mais gostamos
Olá Joana! Quero agradecer por teu aumentado o tamanho da letra do blog (fui eu que pedi, mas "perdi" o post do pedido para poder agradecer). Fica muito melhor assim. Muito obrigada.
Adoro o Natal de paixão e cada momento faz todo o sentido cá em casa.
Este ano, pela primeira vez, vamos oferecer bolachas caseiras feitas pelas mãos do nosso fofinho de 2 anos. Andei a ver latas para poder colocar as bolachas, mas não encontro nenhuma que custe menos de 3 euros. Em alternativa, poderemos usar os saquinhos de celofane. A questão que se coloca é: onde é que se compram os saquinhos? A minha família mora em Coimbra, por isso se a sua loja de eleição for aí, por favor partilhe.
Um beijinho e muito obrigada
Olá, não sei se xiste ao pé de si, mas encontrei umas latinhas muito giras no Deborla apartir de 1,29€. Bjs
Ana,
Ainda bem que assim está melhor. Mudei de computador e a formatação estava também diferente e foi por isso que a letra se tornou tão pequena.
quanto aos saquinhos de celofane, aqui em Coimbra compro na Coimpack em Taveiro. No entanto eles são revendedores e só vendem em conjuntos de 100. (Dá sempre para guardar de uns anos para os outros ou dividir com amigos que também queiram.)
Um beijinho,
Joana
Gosto muito do natal, não pelo consumismo mas sim pela partilha pelo convivio com a família e amigos. Já tenho quase tudo planeado… Bjs Tania
…Se gosto do Natal,acho que já gostei mais…mas este ano e com a força e motivação do seu blog, até vou fazer uns cabazes para oferecer,coisa que já não faço há alguns anos,por motivos vários,que não vale a pena recordar.
Voltando á vontade que cresceu com o seu blog,até já partilhei uns saquinhos que fiz,mas certamente não lhe chegou através do seu email aminhadieta@hotmail.com.
Concordo com tudo o que li….e sim Natal é quando quisermos
Bjs Rosalina
Gosto tanto, tanto do natal. Nunca fomos ricos, aliás, os meus pais praticamente não me davam presentes, mas eu não me importava! Mesmo que no dia 25, visse os meus primos carregados de coisas novas. Fico tão agradeciada porque nunca houve em mim espírito de inveja. Tenho 38 anos, não foi assim há tanto tempo. Mas o meu pai… esse trazia bolo-rei e comíamos com chá sentados na cama no dia 25. A minha mãe fazia farrapo velho e também comíamos aquecido da panela. Perdemos a minha mãe há 3 anos. Tão jovem ainda. Perdemos o meu avô e o meu "primo-irmão", tudo na altura do natal. E agora descobri que o meu pai tem cancro em estado avançado. Sem eles, sei que o natal não vai ter muita graça. Mas tenho um filho maravilhoso de 5 anos, que me faz lembrar que há sempre motivo para celebrar a vida. E mais do que tudo terei sempre Aquele que veio nascer para depois morrer por mim. Sim, ainda gosto muito do natal.
Olá Joana. Gostaria de saber onde posso encontrar os frascos de vidro para compota.
Obrigada
Patricia A.
Patrícia,
Eu costumo ir guardando – e as minhas amigas também me guardam – os frascos de vidro vazios ao longo do ano.
No entanto, quando necessito de frascos e tenho mesmo de comprar, costumo encontrar mais baratos nas lojas chinesas.
Um beijinho,
Joana
Obrigada.
Um beijinho,
Patricia