Medidas para (tentar ajudar) a combater a crise #1

Confesso que estou um pouco cansada de toda esta conversa acerca do OE2011 e da crise. Parece que até aqui se podiam esbanjar todos os recursos, e só agora se tem de começar a poupar!!

Os jornalistas lá fazem umas reportagens a falar das marcas brancas dos supermercados, de levar almoço para o escritório, de cozinhar ao invés de comprar alimentos já cozinhados ou pré cozinhados, do uso dos transportes públicos em detrimento do automóvel próprio, de reduzir o número de lanches/cafés/refeições  fora de casa… Mas surpreende-me que seja realmente necessário falar disso. Porque a mim, todas essas questões sempre me pareceram óbvias, escolhas sensatas de qualquer pessoa que gere um orçamento familiar seja ele de que valor for!

Eu fui ensinada a viver com aquilo que tenho. Se tenho 500€, não posso levar uma vida de quem tem 1000€. Por isso nunca me fez qualquer tipo de confusão controlar gastos e adbicar de algumas coisas em detrimento de outras. Ou simplesmente abdicar delas porque não as posso (ou não quero) comprar.

Acho que todos deviam controlar as suas despesas – não interessa se ganham muito ou se ganham o salário mínimo- e que uma disciplina de economia doméstica devia ser ensinado nas escolas. Talvez assim, no futuro, todos soubessem viver de acordo com aquilo que ganham. (E eu sei que há pessoas em situações muito difíceis, mas não é a essas que me refiro!)

Sendo este um blogue que segue o lema, que me foi ensinado pela minha querida avó desde cedo,  “O dinheiro é de quem o poupa, não de quem o ganha”, acho que não há melhor altura do que esta para passar a palavra de algumas medidas que podem ajudar a fazer algumas poupanças ou cortes nos nossos orçamentos familiares. Soluções simples e ao alcance de todos. Umas que podem ser mais difíceis (principalmente emocionalmente) de colocar em prática do que outras mas, sem esforço não há mudanças. E estes parecem ser tempos que exigem mudanças!

#1 – Arranje um Mealheiro

Por mais ridículo que isto possa parecer, esta é uma das melhores medidas de poupança que pode arranjar! Mas atenção: arranje um mealheiro daqueles que só se abrem partindo ou com a ajuda de um abre latas. Nada de um mealheiro de abertura fácil, que à minima coisa vamos abrir porque não temos trocos para o pão!

E agora o mais difícil: Assim que receber o seu salário retire um valor (cada um sabe de si mas entre 20€ a 50€ já é um bom início) e coloque-o no mealheiro. Veja isto como um “imposto” totalmente em seu benefício! É importante que o faça logo no dia em que recebe pois assim poderá gerir melhor essa falta ao longo do mês!

Para que serve este dinheiro? Para iniciar uma poupança. Seja ela para gastar nas férias, para comprar algo que deseja muito sem recorrer a créditos com juros altíssimos. Ou simplesmente para um fundo de emergência ou para criar o seu “pé-de-meia”.

Se tem filhos encorage-os a fazer o mesmo com uma percentagem das suas mesadas.

E pode ter mais do que um mealheiro. Pode ter um para esta percentagem no início de cada mês, e outros para pequenas coisas e onde não tenha esta “obrigatoriedade”:

–  Se tem contas a pagar anualmente/semestralmente (como seguros, condomínio, IMI, …) que tal criar um mealheiro onde todos os meses coloca a quantia necessária para o seu pagamento caso este fosse mensal? Mesmo que não seja a totalidade dará uma ajuda quando vier a ordem de pagamento!

– Se gasta dinheiro todos os meses em roupa e calçado, que tal passar a colocar esse valor num mealheiro. Depois quando chegar a época dos saldos terá um pé-de-meia para renovar o seu guarda-roupa.

– Crie um mealheiro onde vai colocando os trocos durante o ano para depois poder comprar a televisão/máquina de que precisa, ou para os livros e material escolar.

Cá em casa já temos os nossos!

40 respostas

  1. há pouco tempo fiz um post semelhante e lá em casa tenho 1 mealheiro para moedas de 1 e 2 euros.geralmente destinado a dinheiro de bolso p as férias. depois todos os meses transfiro uma quantia para a poupança, e tenho envelopes onde ponho parcelas para despesas anuais.custa bem menos e sabe tão bem! 😉
    bom fim de semana

  2. olá-sou assídua nos teus blogues mas acho que é a 1ª vez que comento-eu não diria melhor.
    Ainda hoje de manhã a ver as dicas para poupar comentava isto mesmo-sempre me habituei a pequeno almoço, almoço e jantar em casa-salvo situações pontuais-guardar para gastar quando precisamos sem recorrer a créditos e a visas-são coisas que deviam acompanhar-nos sempre e não só em momentos de crise-este mealheiro de lata tb temos lá em casa-eu adoro mealheiros por isso temos uns 5 lá em casa para onde vão os trocos perdidos -e os miúdos (com 2e4anos) quando vêem uma moeda vão logo colocar no mealheiro.
    Muito obrigada pelo excelente blog

  3. Boas sugestões!
    tb fico espantada com algumas dicas q ainda passam na Tv e q p mim são tão obvias!…
    Tb sou adepta do lema: gastar o q se tem e poupar!…

  4. As dicas às vezes são realmente óbvias mas infelizmente não me parece que assim seja para toda a gente. Há muita gente com graves problemas porque nunca aprendeu a lidar com o dinheiro.

    E quando se recorre a créditos pior ainda. Eu já me custa ter o da habitação mas esse não tenho como não o ter…

    Quanto ao mealheiro, confesso que não tenho. Já tive mas depois fiquei desempregada e tive de recorrer a ele. Em boa hora fiz poupança!

    Está na hora de voltar a fazer! vou ver se compro um baratinho desses que não abrem 😉

    Bom fim-de-semana

  5. Ora nem mais! Cá por casa não temos mealheiro, mas ainda assim não gastamos, nem nunca gastámos, mais do que podemos.

    (nunca tinha comentado, mas costumo espreitar o teu blog)

  6. É a 1ª vez que passo por este blog e logo leio um assunto que acho muito actual e interessante.
    Sei que muitas pessoas acham a ideia sem pés nem cabeça,mas eu não penso assim.
    Posso dizer que (e não é para concordar com o que escreveu), é mesmo verdade, há um tempo a senhora do café disse que não gostava das moedas pretas, que era só para encher a caixa e que já não se usavam.
    Eu fiquei admirada: não se usam? essa é boa!
    Não se usam muito nos cafés mas há locais onde se usam:farmácias e padarias. Pois eles até as agradecem.
    Então, resolvi fazer uma experiência (Logo eu que até quando tinha 2 ou 10 cêntimos na carteira os despachava logo):passamos a guardar numa caixa, religiosamente, todas as moedas pretas que nos davam de troco.
    Pois é…essas tais moedas que nada valem renderam, ao fim de um ano converteram-se em 223 €.
    E, sem mentir,digo que coloco diáriamente 1€ fixo de lado e sempre que o porta moedas tem muitas moedas, pego nas que acho que estão a mais e vão também para lá. E na altura de irmos de férias dão cá um jeitão!
    Claro que ninguém consegue poupar se o não ganhar.
    Mas há muitas pessoas que não têm controle nas despesas, gastam muito dinheiro mal gasto e nem sempre da melhor forma.
    Gente há que, no dia do ordenado,se descontarem o dinheiro fixo das despesas extras que têm acaba por ficar quase sem dinheiro.
    E que dizer daqueles>(as) que ao passarem por uma loja acabam por comprar coisas que não precisam com o cartão de crédito e no final do mês não têm quase dinheiro para comer?
    Sei que há pessoas que ganham muito pouco e com a crise de desemprego, cada vez há mais pobres,mas há uma coisa que eu, no supermercado, não posso deixar de reparar e que me faz muita impressão.
    Quantas vezes vai á minha frente uma pessoa com aspecto de pessoa pobre, mal vestida,em que aquilo que compra para comer é mesmo do mais básico e mais barato e depois leva montes de latas e rações de comida para gatos e cães.
    Eu gosto de animais. Nada tenho contra eles, agora o que não posso deixar de achar estranho é que, pessoas como estas, se queixem das dificuldades que atravessam e cujo dinheiro lhe falta e afinal…a avaliar pela quantidade de ração para animas que levam, eu diria que essas pessoas são pobres mas de cabecinha.
    Já escrevi muito,mas não quis deixar de emitir a minha opinião.
    Desejos de um bom fim de semana

  7. Turboleta:
    Mas um animal é um membro da família!!!! Se não se deixa um filho passar fome, quem tem um animal de consciência também não o faz! E com a solidão que há neste país, um animal é muitas vezes o nosso melhor amigo…
    Eu tenho o meu mealheiro dos 2€, depois tenhos 2 PPR mensais, mais um vaor fixo que vai todos os meses para a conta da poupança (de que nem tenho cartão mb para não haver tentações!)

    1. eu também não passaria fome para dar a um animal ! É da família ….alto lá……na minha família ninguém é animal ! Prefiro dar de comer a uma criança desconhecida com fome a um animal de minha casa ! É a minha opinião !

  8. Bem falado, temos de aprender a viver com o que temos. O mealheiro é realmente uma boa opção. Para aquelas despesas anuais tenho um pequeno cofre com envelopes, onde vou colocando algum dinheirinho, para abater na altura do pagamento.

  9. Já a muito tempo utilizo esta opção. Apenas ponho as moedas que andam na carteira, tenho uma das latas já quase cheia (não sei se o banco irá gostar muito).

    Mas está uma bela ideia. Acho que vou apostar nessa ideia de no inicio do mês. Como tenho dois mealheiros, vou dividir.

    Concordo que as escolas deviam apostar na economia (para pouparmos).

    Continua com essas ideias.

    Obrigada,

  10. Olá Colher de Pau,
    Achei este post muito giro, porque faço a mesma coisa, também tenho desses mealheiros de lata não com fotografias de moedas, mas de notas.
    E lá também só entram moedas iguais ou acima de 1€, ás vezes notas, mas é raro. Normalmente ao fim do dia as moedas que tenho no porta moedas no fim do dia vão para o mealheiro.
    No inicio do mês, o que faço é tirar para uma conta uma uantia que já defini, e como é só de poupança nunca vou lá buscar nada.
    Já estou mentalizada assim, e dá-me muito gozo ver o mealheiro estar cada vez mais pesado de dia para dia.
    Felizmente a única divida a longo prazo que tenho, é a da casa, o resto é as normais de água, luz, gáz, etc…
    Bom fim de semana.
    Bjs
    Teresa C.

  11. Eu adoro mealheiros e a felicidade que é poder utilizar o que se acumulou. Eu dou sempre este exemplo quando falo de poupança, os meus sogros todos os anos vão de férias para o Algarve, com um mealheiro que fazem ao longo do ano.

    Seja qual for o motivo e o objectivo, é importante poupar e saber gerir o dinheiro. Concordo qwue deveria ser uma disciplina nas escolas.

    Beijinho

  12. Olá Olá!

    De facto, o assunto POUPANÇA está na ordem do dia…
    Mas infelizmente, o que parece óbvio para uns, não o é para outros..
    Também sigo essa máxima – só gasto o que tenho!
    E abomino cartões de crédito…

    Queremos mais posts destes :))

  13. Não podia estar mais de acordo com o que escreveste. Faz-me muita confusão ver pessoas que aparentam um estilo de vida que sei não terem dinheiro para manter e mesmo assim insistem…
    Há alguns anos decidi começar a levar o almoço para o escritório. Não o faço todos os dias, até porque pelo menos um dia por semana gosto de almoçar com as amigas, mas faço-o a maior parte da semana. Quando o comecei a fazer, e nessa altura foi porque estava *farta* de comer em restaurantes, os colegas diziam em tom de brincadeira se eu agora trazia a lancheira como se fazia antigamente. Eu, em tom ainda de mais brincadeira, costumava dizer que levava ali órgãos para transplante:)
    Mas, além de ter começado a fazer refeições bem mais saudáveis do que as do restaurante, também senti a poupança que isso me permitia fazer. Além de ver o ar estupefacto de alguns colegas quando, chegada a altura de férias, eu até podia ir até lá fora…
    Essa é apenas uma das maneiras de poupar, outras passam por usar/guardar legumes e frutas da época, quando são mais baratos ou quando nos dão; fazermos os nossos presentes para as festividades, além de mais baratos de certeza que vão significar muito mais para quem os recebe; jantar com os amigos em nossa casa ou na deles, cada um contribuindo para o jantar, etc.
    Há muitas maneiras e podemos começar por ter um Mantra: não vou comprar só porque tenho dinheiro para o fazer…

  14. cá em casa temos 2mealheiros um é do pai(meu marido)que coloca lá todas as moedas de 2€ q lhe veêm parar à mão,o filho(meu e dele) tb tem o seu mealheiro onde coloca as notinhas que a avó lhe vai dando,este mês abrimos o mealheiro do filho e fomos comprar roupas p o inverno e digo-vos q compramos imensa roupa,dá muito jeito o mealheiro,o meu marido tirou a carta de condução com dinheiro q amealhou na lata dele.Acreditem q dá resultado

  15. Acho uma optima ideia! Alias, já á uns 2 meses que recorri a esse metodo de poupança e acredite que resulta mesmo!

    Beijinhos

  16. Gostei deste post,confesso que mais ou menos é o que se faz aqui em casa.Temos uma quantia q pudemos gastar diariamente,o q nos sobra dessa quantia colocamos no mealheiro.Este já deu p comprar algumas coisas e ajuda nas férias.
    O que me levou a comentar foi o comentário da turbolenta.Confesso sou uma pobre de cabeça.Isto porquê??? pq gasto mto do meu orçamento em latas e sacos de ração p animais.Pq cabecinhas mais pobres q a minha abandonam os animais.N os posso trazer p casa,mas posso sempre ajuda-los a n morrerem de fome e sede.
    Parabéns pelo excelente blog.Beijinhos.

  17. acho completamente descabido e infeliz a parte do comentário da sra. turbolenta acerca da comida para animais. deve ser por causa de pessoas como a sra. que essas que essas pessoas tem que ser suficientemente altruistas para gastar o seu pouco dinheiro em comida para animais em vez de o gastar em luxos para si próprios. sabe porquê? porque podem ter pouco dinheiro ou ter pouca vaidade mas têm coração Sra. turbolenta. Provavelmente a sra. não o tem. Tenho pena de si que é pobre de espírito.

  18. Turbulenta, era assim que queria escrever o seu "nick", não era? Pois.
    Pense um pouco antes de escrever. Acha então que uma pessoa, velhinha ou nova, que tem animais de estimação, não os deve alimentar em altura de crise? Que deve então fazer? Deitá-los fora? abandoná-los? Espero que não tenha "pets". Realmente nem saem barato, nem têm culpa das decisões dos humanos.

  19. Tb leio sempre este blog e gosto muito das dicas dadas.Em casa também temos 2 mealheiros e têm bom resultado. e também uso os envelopes para despesas anuais (selos de carros, Seguros, …) divido o montante total por 12 e ponho todos os meses.Qto ao comentário da comida para os animais, não é de todo descabido. Eu tenho 2 cães grandes q dou de manahã ração ( vou a mais economica e vou variado os hipers onde compro para nao ser sempre igual. e a noite comem +/- 1.5kg de comida, já viram quanto gastaria se compra-se latinhas e saquinhos de comida?????????? um balurdio. ora optei por fazer eu a comida para eles, usando aparas, arroz e massa, e muitas vezes aproveito os molhos de estufar a nossa carne para dar sabor. muitas vezes ia ao intermarché comprar aparas , fica caro pq levam quase 1 €, por kg (no modelo nao vendem, dizem que é proibido) mas se eu for a um talho qualquer, e comprar 1kg de carne e pedir aparas eles DÃO. Eu qdo vou trago sempre a volta de 6 kg de aparas de graça e congelo e dá-me para fazer muitas refeições para eles. e até uso o fogao a lenha que adoro os assados feitos nele e faço logo perto de 20 kg de comida que divido em recipientes e congelo.Já viram quanto gastaria se compra-se essa quantidade em latas???? e os meus cães fome nao passam.. basta olhar para eles

  20. estou de pleno acordo com a tua filosofia de vida! e também a pratico já há muito tempo!
    agora com a tal "crise" penso que as pessoas vão ter mesmo de criar estratégias para gerir melhor o seu dinheiro, doutra forma vai ser dificil chegar ao fim do mês.

    cá por casa temos 2 mealheiros (um para ele e outro para mim), onde cada um despeja os trocos todas as sextas-feiras. às x são só uns centimos, outras moedas de 1 ou 2 euros. no fim do ano abrimos e vemos o que queremos/podemos fazer com esses "trocos". da última vez, comprámos uns mimos para cada um e fomos jantar os dois a um restaurante muito bom!

    para certas despesas mensais levantamos e pomos em envelopes.

    temos outro mealheiro, que queria por de parte para os saldos (mas q infelizmente continua vazio…:( )

    continua o bom trabalho!

  21. É a primeira vez que comento nos seus blogues, mas regularmente dou uma espreitadela a ambos. Os meus parabéns pelas ideias geniais 🙂
    Penso que o que Turbulenta quis dizer é que assim como as pessoas poupam fazendo comida em casa, se deveria proceder do mesmo modo para os animais de estimação. Principalmente em tempos de crise, talvez seja melhor dar aos animais comida caseira e comprar uma pequena quantidade de comida do supermercado para servir de complemento, para quando não há comida caseira suficiente para dar aos animais.

    Uma boa semana 🙂

  22. Adorei este blogue. É muito dentro do espirito do meu blogue o primeiro limão. Sempre fiz essa gestão também, e sempre tive a cultura do mealheiro. Cheguei a oferecer muitos na minha vida também, porque acho que ensina a poupar. O Afonso tem o dele desde que nasceu. De três em três mês recolho a poupança e coloco numa aplicação que renda juros. E voltamos a encher.

  23. Olá!
    As ideias são sempre boas. Mas, para quem já é poupado/orientado ganhe pouco ou mais, são as ideias básicas. Para mim não faz sentido o pequeno almoço fora de casa ou ir sempre comer fora ou comprar comida feita…
    Outra coisa importante, no resto da Europa evoluída ou há cantinas ou espaço para refeições nas empresas, cá quem leva comida de casa pensam logo que tem dificuldades e poupa-se tanto assim (come-se melhor também).
    Essa do mealheiro é boa ideia para criar hábitos de poupança, mas eu não uso :-)!!!
    Eu faço assim (desde que comecei a ganhar em part time até agora que estou bem melhor): pago tds as contas até dia 10 (mercearia, contas, renda, etc); guardo o suficiente para algo; o resto passa para a conta poupança… qd sobra do "algo" passa para a conta poupança. Eu descobri que se me desfizesse logo do € não tinha tentações! Faço sempre, o valor do mês pode é variar. Tb depende dos gastos.
    Eu trabalho e ainda n tenho mts despesas, mas qd ganhava pouco tb poupava, nem que fosse 25€ ao fim do mês, sempre pensei grão a grão enche a galinha o papo!
    Critico só a nossa sociedade tuga numa coisa, quando ganham um pouco mais só pensam em gastar, não pensam em juntar para um tempo difícil.

  24. Boa ideia!
    Cá em casa fizemos um o ano passado num barril de cerveja sagres…este ano fomos de f´rias com esse dinheiro…
    e já começámos outro

  25. Acompanho este blog quase diariamente. É de uma utilidade sem igual e posso até dizer que a ideia dos cabazes vai ser usada este ano pela família. Agradeço-lhe por isso.
    Mas o que me faz comentar hoje, ainda que corrobore com a ideia do mealheiro e também mantenha o meu, foi o meu espanto relativamente a um comentário aqui deixado acerca da alimentação dos animais de companhia.

    Vou falar do meu caso. Tenho dois gatos. Um, como ainda é novinho e está a crescer, anda sempre com fome. Tentamos impor-lhe regras e horários, mas temos plena consciência de que é normal tanto apetite devido à idade. Optámos, desde a primeira gata, dar sempre ração de qualidade. Poupa-se no veterinário, embora custe na carteira, e neste momento, um saco de 1,5 kg não chega a duas semanas. Se é um rombo? É pois. 50 euros mensais com a alimentação dos gatos faz diferença. Mas muito mais diferença nos faria não os termos connosco, o carinho que nos dão e a companhia que fazem. E isso não se paga com 50 euros por mês. Não tem sequer preço.
    Prefiro cortar noutras coisas, procuro comprar marcas brancas para nós, e já não perco a cabeça com as montras. Mas abdicar dos meus gatinhos? Nunca.
    E é isso, minha amiga, que diz gostar de animais, que deveria ver. Entendo perfeitamente o que diz. Provavelmente di-lo porque nunca teve um animal de estimação. Experimente ter e verá que o seu comentário é descabido e cruel.

    Laura Rodrigues

    1. O comentário da Turbolenta nada tem de descabido. Quem não tem condições, não pode ter animais. Ponto assente. Jamais em tempo algum poria os meus filhos a pão e água para dar CatChow aos meus gatos! Se não há dinheiro – e se, como dizem, os animais são família – têm de se lhes dar ração conforme a carteira de quem os sustenta. É a vida. Não se é melhor ser humano por tratar animais como reis e o semelhante (ou o próprio) como ralé. Desculpem, mas não.

  26. Muito útil, todas as dicas aqui dadas.
    Em pequena, tinha um mealheiro, depois fui deixando. mas ainda esta semana estive a olhar para uns e a decidir-me comprar…Por 1 euro, posso economizar e muito.

    Quanto a comida para animais. não tenho caes ou gatos, mas peço no meu talho umas aparas para uns caes que uma vizinha protege, e eles dao de borla.
    Mistura-se arroz trinca ou pasta e aí esta uma boa refeiçao barata e que ajuda os animais, que não têm culpa da crise.

    Uma boa semana a todos e obrigada pelas dicas.

  27. Colher de Pau, para mim, és Colher de Prata! Gosto sempre muito dos teus posts. Este, por ser um tema tão actual e premente, tem mantido os comentários tão animados!
    Concordo com todas as tuas dicas, mas ao "ler-te", reagi instintivamente quando dizes que na Escola devia haver uma disciplina de Economia Doméstica. (Eu sei, foi por ter sido professora…). Eu só não estou totalmente de acordo, porque acho que a economia se aprende em casa, com os pais a darem o exemplo! (Este e outros!!!). Somos um país de preconceituosos em que a maioria gosta muito de fazer juízos de valor àcerca da vida dos outros, sem se analisar primeiro. É por isso que ouvimos criticar aqueles que "têm cabecinha" e levam o almoço para o emprego, ou não usam ténis de marca.
    Pena que ainda haja muita gente que julgue que por usar roupas ou electrodomésticos de marca, é superior aos outros que inteligentemente não ligam para isso. É que estes sabem que esses produtos saem todos das mesmas fábricas e são feitos da mesma maneira e com os mesmos materiais. Só a etiqueta é que muda e por isso paga mais pela publicidade (enganosa).E a vaidade paga-se cara!
    Abençoada Avó que te transmitiu tantos e bons valores. Obrigada por os partilhares connosco. Bjs. Bombom

  28. Ao ler este post lembrei-me que aqui há uns anos ainda no tempo do escudo deu-me para juntar as moedas que se põem nos carrinhos de compras. Por alturas do Natal fui ver e tinha cerca de 7 mil escudos que deram para comprar a prenda do marido e não levou tanto tempo assim a juntar 🙂

  29. Nunca fui poupada até isso me ter criado problemas.Agora q penso tê-los resolvido, sou fanática do mealheiro…tb tenho crédito habitação e abomino cartões de crédito assi como contas para pagar parceladamente. Pago tudo à vista…q alívio! Adorei o tema

    Ana Paula Bacelar

  30. 4 anos depois e este continua a ser um post tão actual.. infelizmente conheço muitas pessoas que nem sei como conseguem sequer chegar ao fim do mês.
    Concordo contigo no "no poupar é que está o ganho" mas em certas circunstâncias nem sequer para pagar a renda e a alimentação alguns têm. O pior é ver as ajudas das instituições a irem para quem tem muito mesmo e ver estas pessoas sem direito a nada. Se não fosse pelos vizinhos provavelmente nem o filho teriam com eles porque este passaria fome, assim como eles. O pior é que muitos acham que todos são ricos, que todos os que estão mal é porque se meteram no que não deviam e neste caso não é nada disso, neste caso, um deles até trabalha. O problema é que o ordenado minimo dela não chega para tudo e ele não consegue trabalho porque é "velho".

  31. Concordo imenso com o seu post, tão atual passados dez anos. Dez anos de inflação, dez anos de preços para a classe média europeia. E, sem querer politizar o seu post, pergunto-me novamente a pergunta que sempre me coloquei quando ouvia essas reportagens dos jornalistas: porque é que estes senhores embandeiram em arco no "aperta o cinto" quando seria muito mais útil para a sociedade perguntarem-se porque é que em 2021, um país europeu continua a pensar naquela lógica do "somos baratinhos". Isto é: porque se aposta nestes franceses que durante 10 anos não pagam impostos nem cá, nem lá, mas usufruem dos servilos de saúde, etc; porque se permite que produtos, habitação e serviços custem preços que os portugueses têm dificuldade de pagar, em que os empregados não ganham proporcionalmente – bem pelo contrário, ganham um miserável ordenado mínimo – e em que os investidores são, em grande parte, estrangeiros. Isto é: porque é que os jornalistas continuam a fazer a apologia da poupança quando o que deveria questionar é como é que hoje, como na altura em que escreveu este post (há mais de dez anos) os quadros técnicos continuam a ganhar 700 euros limpos e os quadros superiores cerca de 1000 euros em cidades cujos enquadramentos de custo de vida foram particularmente inflacionados (eu sei que para quem já tem a casa comprada, nos preços anteriores, ou quem tem família com possibilidade de ajudar os rebentos, é tudo muito esquisito isto de que falo; mas pensai na geração a seguir, a ganhar mil mocas em Lisboa e a viver para lá de Setubal, Torres Vedras, Ericeira, a esticar mil e poucos euros e a perguntarem-se porque pagam um preço europeu e recebem como país pobre). É isto, venha o mealheiro para poupar as moedas de cobre.

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