Vida nova para as Louças de casa dos avós

Desde que estamos nesta casa, e começamos a pensar na organização da mesma, houve logo uma questão que me “preocupava”. O facto de termos de o jardim e a churrasqueira não estarem no mesmo andar da cozinha. Ou seja teríamos de nadar a subir e a descer com pratos e louças. Foi por isso que desde o início decidimos que, para realmente usufruirmos do nosso espaço exterior e termos vontade de receber pessoas e fazer churrasco tínhamos de ter as coisas à mão e outras facilidades.

A primeira e bastante importante foi colocar uma máquina de lavar louça na churrasqueira, para usar nesses dias. (Também temos uma máquina de café lá em baixo – que já tínhamos – e uma placa portátil de indução para poder cozinhar na churrasqueira, por exemplo um arroz de feijão enquanto a carne grelha….)

E a outra foi ter louça “duplicada” cá em baixo, que não fosse necessário subir e descer com pratos copos e talheres, lavados e sujos, de cada vez que fazíamos uma refeição ao ar livre.

Inicialmente ainda compramos uns conjuntos baratos de louça branca e uns talheres, para 12 pessoas. (As restantes coisas eu tinha, como copos e chávenas de café).

Entretanto com a as coisas que a minha mãe separou de casa da avó Cila, eu ainda herdei taças de sobremesa, talheres de servir e outras pequenas peças que ficaram em uso para a churrasqueira, e o verão passou e este método deu-nos imenso jeito.

E veio o aniversário dos miúdos no jardim. Mais do que 12 pessoas e a necessidade de acartar louça de cima para baixo – talheres, pratos, taças de sobremesa, taças de espumante… E depois a vontade de comprar mais algumas louças para quando temos mais de 12 pessoas – e acreditem que são algumas vezes por ano, e não apenas nos aniversário dos miúdos…

Mas entretanto a minha mãe, lembrou-se de voltar a dar volta às coisas antigas que andavam “arrumadas” numa garagem na aldeia, coisas da minha outra avó, a avó Celeste. E herdei mais umas quantas louças que estavam esquecidas… Mais pratos (todos brancos e lisos), mais taças de sobremesa, um faqueiro completo quase sem uso – do tempo das avós que guardam coisas só para dias de festa – um conjunto inteiro de taças de espumante. E ainda travessas e taças para sopa e tudo o resto que me poderá dar jeito para estas alturas.

Depois de tudo bem lavado, foi altura de acondicionar tudo, na nossa arrumação na lavandaria, onde para já guardo as louças da churrasqueira. Existe um projeto e a vontade de arrumar tudo num armário na própria churrasqueira, mas acho que será para a próxima estação, e para as próximas refeições no jardim. Porque isto de ter uma casa é uma série de projetos constantes e de melhorias para irem sendo feitos!


Agora temos louça suficiente para festas, jantares e ajuntamentos no nosso jardim, sem a necessidade de andar para cima e para baixo. E gosto de ver o novo uso das louças de casa dos avós, que estavam quase esquecidas e que assim ganham uma nova vida.

Até encontrei um conjunto lindo de pratos “vintage” da Vista Alegre que estão agora a uso diário na minha mesa.


Uma forma de por a uso coisas mais antigas que quase estavam esquecidas e que ao mesmo tempo me recordam as pessoas e os momentos.

Quem tem espaço de refeições no jardim, como faz?

5 respostas

  1. Olá Joana! Comigo acontece exactamente a mesma coisa, e por isso a opção foi desde sempre ter loiças e afins à mão, em duplicado, para usar na zona exterior. E tal como a Joana, também tenho sido contemplada com uma série de loiças das avós, que fazem sempre um brilharete nas recepções cá por casa:)
    Beijinho, Manuela.

  2. Eu tenho a sorte de sair da cozinha ou sala de jantar e estar diretamente no deck e no jardim, o que me facilita MUITO essa parte da logística. Mas para quem tem que subir e descer escadas, esta solução de louça duplicada é mesmo a mais facilitadora. E então se for herdada ainda melhor 🙂
    Beijinhos,
    Joana

  3. Joana, muito obrigada por um blog tão cheio de boas ideias 🙂
    Por aqui, tinha o mesmo problema das subidas e descidas com "acartanços" vários, e de ter uma família numerosa, tanto da parte do meu marido como da minha. A solução foi fazer uma pequena cozinha numa casinha de arrumos, onde temos a palamenta (loiças, talheres, travessas, jarros… – coisas herdadas, recebidas de presente, ou, em caso de falta, compradas), lava-loiças com água quente, máquina de lavar loiça e frigorífico. Não tem fogão, porque à partida não será para cozinhar, mas está prevista a aquisição de um micro-ondas. Para qualquer acompanhamento quente que queiramos fazer, desce a panela eléctrica. O que desce sempre é a máquina do café.
    Quando abre a época do bom tempo, costumo ter também alguns "comes" – bolachas para as crianças, batatas fritas, apiritivos, açúcar para o café, frascos de grão e latas de atum para uma salada rápida, além de água e sumos/cerveja no frigorífico. No fim da época as sobras vêm para cima.
    Maria Pinheiro

  4. Pois aqui passa-se exatamente a mesma coisa! Refeições no jardim quando a cozinha é no primeiro andar, obrigou a criar uma cozinha mais pequena e singela no r/c (espaço do atelier onde trabalhamos). Não herdámos louças, mas comprámos umas baratinhas. Não temos fogão, mas um microondas (mais para o pessoal que trabalha connosco no atelier do que para nós) e um frigorífico não muito grande. Quanto ao facto de casas como a nossa obrigarem a projetos e melhorias constantes… Como entendo! É bem verdade! E nós já estamos nesta casa há 10 anos e parece que continua quase tudo por fazer, apesar de nos dedicarmos a ela muito intensamente. Puf!

  5. Olá Joana!
    Grata por partilhares as tuas ideias e experiências 🙂
    Quanto a moradia…pela minha experiência, haverá sempre remodelações e projetos..:)
    Quanto a jardim e churrasqueira, primeiro fiz uma zona de apoio às refeições no jardim aberta,mais tarde fechei com vidro,incluí armário onde tenho louça, toalhas, talheres e outros acessórios mas não pus máquina para lavar a louça e agora vejo que foi uma lacuna :/
    Antes de ter esta zona fechada, tb andava sempre com as loiças de um lado para o outro e era uma grande canseira.
    Não há dúvida que é muito bom comer no jardim 🙂 Ainda hoje o fiz, ao almoço, mesmo sendo apenas duas pessoas.
    Beijinhos
    Filo

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